Charles T. Russel



Charles Taze Russell (nasceu em Allegheny em 16 de fevereiro de 1852 e faleceu em Pampa 31 de outubro de 1916).


Juntamente com um grupo de supostos estudiosos da Bíblia organizou uma associação chamada "Estudantes Internacionais da Bíblia" (desde 1931, chamadas de Testemunhas de Jeová).


Em fevereiro de 1881, foi co-fundador da Sociedade Torre de Vigia de Sião e seu secretário-tesoureiro.


Era então o presidente da Sociedade Torre de Vigia, William H. Conley.


A 15 de Dezembro de 1884, obtêm personalidade jurídica, e Charles Russell torna-se seu presidente.


Sucedeu-lhe na presidência, Joseph Franklin Rutherford.

Sua formação pessoal


Era o segundo filho de Joseph L. e Ann Eliza Russell, presbiterianos e de descendência escocesa-irlandesa.


Charles, era o segundo de cinco filhos, apenas dois sobreviveram até a idade adulta.


A mãe de Charles faleceu a 25 de Janeiro de 1861, quando ele tinha apenas nove anos, mas, desde a tenra idade, Charles foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes inclinações religiosas.


Com onze anos, Charles passou a ser sócio comercial do pai, o próprio rapazinho escrevendo os artigos do acordo sob o qual operava a empresa deles.


Com quinze anos, estava associado ao pai numa crescente rede de lojas de roupas masculinas.


Seu pai, Joseph, morreu a 17 de Dezembro de 1897, com a idade de 84.


Com o tempo, possuíram lojas em Pittsburgh, Filadélfia e em outras partes.


Por todo esse tempo, o jovem Charles teria sido um estudante da Bíblia.


Aderiu a Igreja Congregacional, por causa de seus conceitos mais liberais.


Ao tornar-se mais velho, Russell sentia-se perturbado com certas doutrinas religiosas geralmente aceitas.


Em especial se preocupava com as doutrinas do inferno de fogo literal e da predestinação pessoal.


Arrazoava ele: "Um Deus que usasse seu poder para criar seres humanos, os quais sabia de antemão e predestinara que fossem eternamente atormentados, não poderia ser sábio, nem justo nem amoroso."


Em 1869, Charles Taze Russell "acidentalmente" assiste a uma reunião da Igreja Cristã do Advento, onde estava ensinando o Pastor Jonas Wendell.


A "fé oscilante" de Russell na Bíblia é restabelecida e conclui que vivia próximo do "tempo do fim".


Porém, ele não se tornou um seguidor do movimento "Segundo Adventismo" nesse tempo e nem em qualquer altura posterior.


Quase imediatamente Russell, seu pai e mais outros, formam um pequeno grupo de estudo da Bíblia em Allegheny, Pensilvânia, que haveria de evoluir gradualmente até se tornar nesse novo movimento religioso.

Restauração da sua fé


C.T.Russel, foi educado por pais muito religiosos, e desde pequeno, tinha uma grande inclinaçäo espiritual.


Enquanto estava à procura do que achava ser a verdade, certa noite de 1869, aconteceu algo que teria restaurado sua então abalada fé.


Nas suas próprias palavras, eis o que afirmou:

"Como que por acaso, certa noite visitei uma sala poeirenta e mal-iluminada, onde eu ouvira dizer que se realizavam cultos religiosos, para ver se o punhado de pessoas que se reunia ali tinha algo mais sensato a oferecer do que as crenças das grandes religiões.


Ali, pela primeira vez, ouvi algo sobre os conceitos dos adventistas (Igreja Cristã do Advento), sendo o Sr. Jonas Wendell o pregador... Assim, reconheço estar endividado com os adventistas e com outras denominações. Embora a exposição bíblica feita por ele não fosse inteiramente clara, ...foi o suficiente, sob a orientação de Deus, para restaurar minha abalada fé na inspiração divina da Bíblia e para mostrar que os escritos dos apóstolos e dos profetas estão indissoluvelmente vinculados. O que ouvi me fez voltar à minha Bíblia para estudá-la com mais zelo e cuidado do que nunca antes, e serei sempre grato ao Senhor por esta orientação; pois, embora o adventismo não me tenha ajudado em nenhuma verdade específica, ajudou-me grandemente a desaprender erros, e assim me preparou para a Verdade." - Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus .


Empenhando-se em contrariar ensinos que considerava erroneos, em 1873, Russell, com apenas 21 anos, escreveu e publicou, às suas próprias custas, um opúsculo intitulado O Objetivo e a Maneira da Volta do Senhor.


Cerca de 50 mil exemplares foram publicados e o mesmo gozou de ampla distribuição.


Mais tarde, Russell lê uma revista intitulada Arauto da Aurora, editada por Nelson H. Barbour. Num encontro pessoal, Barbour o convence da presença (em gr. parousía) invisível de Cristo, em Outubro de 1874. Barbour e Russell editaram conjuntamente o livro Três Mundos, e a Colheita Deste Mundo.


Num período de quarenta anos, alguns dos primeiros números da revista WatchTower, como os de dezembro de 1879 e de julho de 1880, chamavam atenção para 1914 como um ano altamente significativo do ponto de vista das profecias bíblicas.


Em 1889, o inteiro quarto capítulo do Volume II de Millennial Dawn (Aurora do Milênio), mais tarde chamado Studies in the Scriptures, fez um estudo sobre "Os Tempos dos Gentios".


Mas o que significaria o fim dos Tempos dos Gentios?


Os Estudantes da Bíblia não estavam plenamente seguros do que aconteceria. Estavam convencidos de que não resultaria na queima da Terra nem no desaparecimento da vida humana. Mas sabiam que marcaria um ponto significativo com respeito ao governo divino. De início, pensaram que nessa data o Reino de Deus teria assumido pleno controle universal. Quando isso não aconteceu, sua confiança nas profecias bíblicas que marcavam essa data não vacilou. Concluíram que, em vez disso, a data marcava apenas um ponto de partida quanto ao domínio do Reino, começando com a presença (ou vinda, em gr. parousía) invisível de Cristo e seguindo até ao Armagedom.


Durante a sua vida, ocorreram cismas no movimento dos Estudantes da Bíblia: o primeiro em 1894, que resultou do sentimento entre alguns dos seus co-trabalhadores de que ele era demasiado dominador; o segundo em 1908-9, devido ao assunto doutrinal do Novo Pacto. Mas os que se desviaram não se tornaram por isso pessoas mais espiritualizadas ou mais zelosas na obra de evangelizaçäo.

Livros publicados


No decorrer de uns 37 anos, Charles Russell escreveu seis volumes da série Aurora do Milênio, mais tarde chamada de Estudos das Escrituras. Estes eram (em inglês): Volume I, O Plano Divino das Eras (1886); Volume II, O Tempo Está Próximo (1889); Volume III, Venha Teu Reino (1891); Volume IV, O Dia da Vingança (1897, chamado mais tarde A Batalha do Armagedom), Volume V, A Expiação Entre Deus e o Homem (1899); Volume VI, A Nova Criação (1904).


Russell não viveu para publicar o sétimo volume intencionado desta série.


Nesse tempo Russell também escreveu tratados, folhetos e artigos da Torre de Vigia.

Casamento e Divórcio

Casou-se em 1879 com Maria Frances Ackley, que Veio a falecer em São Petersburgo, Florida, em Agosto de 1938, vítima da doença de Hodgkin.


Sendo uma mulher instruída e inteligente, era muito bem recebida ao visitar as congregações locais dos Estudantes da Bíblia naquele tempo.


A Sra. Russell era contribuinte regular para as colunas da revista A Torre de Vigia de Sião. Fora membro da direção da Sociedade Torre de Vigia de Sião e servia como sua Secretária-tesoureira por alguns anos.


Com o tempo, procurou ter maior poder de decisão no que devia ser publicado na revista Torre de Vigia.


Foi vítima de conspiradores que por meio da bajulação e argumentos sobre Direitos da Mulher, adicionada à sua ambição pessoal.


O ressentimento crescente levou a Sra. Russell a cortar relações com a Sociedade Torre de Vigia e com seu marido.


Sem aviso, ela se separou dele em 1897, depois de quase 18 anos de casada.


Por quase sete anos ela viveu separada, Russell provendo-lhe uma casa separada e também fazendo provisões financeiras para o sustento dela.


Em Junho de 1903, a Sra. Russell deu entrada na Corte de Apelações Comuns de Pittsburgh, um processo de Separação Legal.


Em Abril de 1906, o caso foi submetido a julgamento perante o Juiz Collier e um júri.

Segundo A Sentinela , a tristeza dele era evidente quando disse a ela numa carta escrita logo após a separação: "Tenho orado fervorosamente ao Senhor em teu favor ... Não vou incomodar-te com relatos da minha tristeza, nem tentar explorar as tuas emoções detalhando meus sentimentos, quando eu, de tempos a tempos, encontro acidentalmente os teus vestidos e outros artigos que trazem vividamente à minha lembrança como tu eras antes - tão cheia de amor, compreensão e prestimosidade - o espírito de Cristo ... Ó, considera com oração o que estou para dizer-te. E estejas certa de que a agudeza da minha tristeza, a sua pungência, não é a minha própria solidão, pelo restante da jornada da vida, mas sim a tua queda, minha querida, a tua perda eterna, segundo me é possível entender."


A separação de Russell da sua esposa, ocasionou ataques à sua reputação.


Jornais e membros do clero individualmente declararam, depois da sua separação legal em 1906, que ele era um adúltero.


Contudo, não apresentou-se provas quanto a tais declarações. O próprio advogado dela perguntou em juizo à sra. Russell se ela achava que seu marido era culpado por algum adultério. Ela respondeu que não.


Vale notar também que, quando uma comissão de anciãos cristãos ouviu as acusações da sra. Russell contra seu marido, em 1897, ela não fez menção das coisas que mais tarde declarou no tribunal a fim de persuadir o júri de que se devia conceder o divórcio, embora esses alegados incidentes ocorressem antes daquela reunião.


Em 1915, O Juiz James Macfarlane escreveu uma carta em resposta a um homem que procurava uma cópia dos autos do processo de modo que um de seus associados pudesse comprometer Russell.


O juiz disse-lhe francamente que o que ele queria seria perda de tempo e de dinheiro. A carta dizia: "... a prova testemunhal, não mostra que Russell levava «uma vida adúltera com uma co-ré». De fato, não existia alguma co-ré."


Segundo testemunhas oculares, em 1916, no funeral de Russell, sua esposa trouxe-lhe suas flores preferidas e deixou-as ao lado do seu corpo. Fixa nele havia uma fita com os dizeres: "Ao Meu Amado Esposo."

Morte


Em 16 de outubro de 1916, Russell e seu secretário Menta Sturgeon empreenderam uma previamente programada turnê de conferências nas regiões do oeste e do sudoeste dos Estados Unidos.


Mas Russell estava gravemente enfermo naquele tempo. A turnê os levou primeiro a Detroit, Michigan, via Canadá. Daí, depois de escalas em Illinois, Kansas e no Texas, os dois chegaram à Califórnia, onde Russell proferiu, em Los Angeles, seu último discurso, no domingo, 29 de outubro. Dois dias depois, no começo da tarde de terça-feira, 31 de outubro, Charles Taze Russell, aos 64 anos, faleceu num trem, em Pampa, Texas. A notícia de sua morte apareceu na The Watch Tower de 15 de novembro de 1916. Após os funerais no Templo, em Nova Iorque, e no Carnegie Hall, em Pittsburgh, Russell foi enterrado em Allegheny, no terreno da família de Betel, a pedido dele. Uma breve biografia de Russell e seu testamento foram publicados na The Watch Tower de 1º de dezembro de 1916.


Apesar de sua falta de treinamento prévio em teologia ou línguas bíblicas, Russell alegava ser o único com a verdade, e condenava vigorosamente todas as outras religiões cristãs. Como resultado, ministros de várias denominações começaram a expor os falsos ensinos de Russell e seu caráter questionável.


O Rev. J. J. Ross publicou um panfleto que expôs as falsas alegações de Russell e suas doutrinas. Ele revelou que Russell "nunca frequentou as escolas superiores de ensino: não sabe absolutamente nada de filosofia, teologia sistemática ou histórica, e é totalmente ignorante quanto a linguagens bíblicas [isto é, hebraico e grego]". (3) Ross concluiu que o ensino de Russell era "anti-racional, anti-científico, anti-bíblico, [e] anti-cristão" (4).


Russell tentou sem sucesso impedir a circulação desta informação prejudicial processando o Rev. Ross por calúnia difamatória.


No entanto, ele não só perdeu o processo, mas se prejudicou grandemente na corte quando ele mentiu sob juramento sobre seu conhecimento da língua grega. No final Russell admitiu que as declarações sobre si mesmo no panfleto eram verdadeiras.


Em 1906 a esposa de Russell o processou com sucesso para o divórcio por causa de "sua vaidade, o egoísmo, a dominação e a conduta imprópria em relação a outras mulheres", e ganhou um acordo de $6.036 dólares.


O tribunal censurou a Russell severamente e chamou a sua conduta "insultante", "dominador" e "arrogante" a um grau que tornou a vida intolerável para uma mulher sensível e cristã. (7)

Em 1913, Russell sem sucesso processou a The Brooklyn Daily Eagle por difamação quando o jornal expôs suas tentativas fraudulentas de vender trigo comum ao preço exorbitante de US$ 60,00 por bushel (unidade de medida usada no passado), alegando que era "Trigo Milagroso".


Apesar destes contratempos, Russell continuou a atrair as pessoas com a sua fantástica interpretação profética e alerta dramático que o Armagedom ia acontecer em 1914. Quando 1914 veio, passou, e nada aconteceu ele mudou a data para 1915.

Russell morreu em 1916, deixando seus seguidores em dúvida e desiludidos com suas falsas previsões.



E os livros e publicações utilizando símbolos maçônicos e ocultos? Coincidência também?



Referências:

1. Considere as seguintes citações de literaturas recentes da Torre de Vigia: "Jeová está usando apenas uma organização hoje para realizar a sua vontade. Para receber a vida eterna no Paraíso terrestre, devemos identificar essa organização e servir a Deus como parte dela." (The Watchtower, 15 de fevereiro de 1983, p.12) "Assim, quando a direção vem da organização de Jeová, podemos sabiamente apresentar-lhe, sabendo muito bem que o Senhor só irá guiar-nos de uma forma que será para nosso benefício eterno." (The Watchtower, November 1, 1990, p.30)

2. Fritz Springmeier, The Watchtower & The Masons, (1990) p.11.

3. Rev. J.J.Ross, Some Facts About the Self-Styled "Pastor" Charles T. Russell, reprint by Witness Inc., n.d., pp.3,4.

4. Ibid, p.7.

5. Rev. J. J. Ross, Some Facts and More Facts about the Self-Styled "Pastor" Charles T. Russell, Witness Inc. reprint, p. 16-19. Na negação de Russell do panfleto, ele admitiu: "O item sobre o trigo milagroso pode-se dizer que tem uma partícula de verdade, apenas um grão de verdade nisso, num sentido."

6. Walter Martin and Norman Klann, Jehovah of the Watchtower, pp. 15-17.

7. Rev. J. J. Ross, Some Facts and More Facts... p.20

8. Ross, p.6. Preço médio de mercado para o trigo durante esse tempo era de US$ 1,00 por bushel. Telefonema da Universidade de Michigan Kent County Serviço de Extensão (Outubro, 1991).

9. The Finished Mystery, Peoples Pulpit Association, 1917, p.485, 258.

10. Rev. Edward Lodge Curran, Ph.D., Judge - "for four days" - Rutherford, n.d., Witness, Inc. reprint, p.7,; Literary Digest for May 2, 1936, cited by Charles P. Windle, The Rutherford Racket, reprint, n.d., p.11.

11. Fred Franz, atual presidente da WTB & TS citou Rutherford dizendo a respeito de suas próprias previsões: "Eu sei que eu me fiz de tolo". Citado por Raymond Franz em Crisis of Conscience (Crise de Consciência), p.137.

12. Raymond Franz, Crisis of Conscience, footnote p.50. 


Observe abaixo a tumba onde está enterrado Charles T. Russell. Alguma semelhança com a maçonaria seria pura coincidência?

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