Estevan Hernandes



O Objetivo desta página é tão somente alertar e despertar as pessoas que fazem parte ou são simpatizantes das Grandes Religiões hoje existentes para que exerçam sua liberdade, mediante oração e estudo da Bíblia, de permanecer, vir a pertencer ou deixar de pertencer com relação a qualquer religião, porém, todos tenham a certeza de que ou estamos do lado do Altíssimo ou do Inimigo, pois na batalha espiritual não há"muro" . Continuemos pedindo a sabedoria e direção do ETERNO para que decidamos corretamente ... .

Conhecendo a história dos líderes e ou fundadores destas religiões entendemos em grande parte a fé professada nas mesmas e assim podemos tirar nossas próprias conclusões... .


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ESTEVAN HERNANDES

Fonte Biográfica: Wikipédia


Estevam Hernandes Filho (natural de São Paulo e nascido aos 22 de março de 1954) é um ministro de linha neopentecostal, líder e fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, na qual exerce a constituição de apóstolo.


É casado com Sônia Hernandes, bispa da mesma igreja e é pai de três filhos, Fernanda, Gabriel e Filipe.


Profissional da área de marketing, desenvolveu e coordenou projetos em empresas como Itautec e Xerox.


No final dos anos 80, Hernandes e sua família deixaram a antiga denominação evangélica (Igreja Cristã Pentecostal da Bíblia), no Jabaquara, São Paulo, da qual faziam parte.


Nessa época, Estevam e sua esposa Sônia passaram a realizar pequenas reuniões informais na sala de jantar do apartamento em que viviam, o que mais tarde se tornaria uma das mais populares igrejas evangélicas do Brasil.


Ainda no final dos anos 80, Estevam abandonou sua carreira profissional passando a se dedicar exclusivamente ao trabalho ministerial, fundando ao lado da esposa a Igreja Apostólica Renascer em Cristo que conta atualmente com mais de mil e quinhentos templos espalhados por todo o Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos, emissoras radiofônicas como a Gospel FM e uma rede de televisão (Rede Gospel).


É o presidente da CIEAB (Confederação das Igrejas Evangélicas Apostólicas do Brasil), entidade que congrega as igrejas que aceitam essa doutrina e tem por objetivo promover a unidade entre as denominações evangélicas do país. Estevam Hernandes é responsável por dar suporte às igrejas filiadas que aceitam e seguem a doutrina neopentecostal.


É o criador da Fundação Renascer órgão responsável pelas frentes assistenciais da Igreja Renascer em Cristo.


A Fundação possui uma casa de repouso para idosos, casas de abrigo para crianças carentes, um centro de reabilitação para dependentes químicos e também realizava o chamado "expresso da solidariedade" que consiste na entrega de refeições para moradores de rua, o qual está sendo reformulado.


Também foi um dos responsáveis pela explosão da música gospel no Brasil no final dos anos 80, antevendo o que seria o segmento atualmente. É autor de diversos livros voltados ao público evangélico e compositor de várias músicas de sucesso no segmento gospel como Revolução, Águas, Sopra, Há uma unção, O poeta, Adorador, entre outras.


Morou com os pais até a adolescência no Bairro da Aclimação em São Paulo.


Mantém laços como cidadão baiano, cidadão carioca, cidadão taboanense, osasquense e de Belo Horizonte.


É pai de Fernanda Hernandes Rasmussen (Bispa Fê), Felippe Daniel Hernandes (Bispo Tid) e Gabriel Asaph Hernandes, de quem é pai adotivo conforme legislação.


É responsável pela casa lar abrigo para crianças abandonadas, onde o chamam "pai" adotivo.


É considerado pai pela Banda Katsbarnea e por todos os bispos da Igreja Apostólica Renascer em Cristo.


Em 2007 mais de um milhão de pessoas assumiram, por um abaixo assinado que "quero continuar sob seu cuidado e direção pelos próximos anos".


Dezenas de pessoas tatuaram "Apóstolo Estevam" e frases do tipo: Eu te amo.


Na Vila Mariana em São Paulo há uma rua com seu nome.


Recebeu a Medalha Tiradentes no Rio de Janeiro e a Medalha Anchieta em São Paulo.


A "midia gospel" tem colocado sobre ele a imagem de "paizão".


Em 9 de janeiro de 2007 Estevam e Sônia Hernandes ao chegarem em um aeroporto de Miami nos Estados Unidos, onde possuem propriedade há vários anos, foram detidos por estarem carregando U$56 mil escondidos em meio a bíblias e terem declarado a alfândega que não carregavam mais de U$10 mil.


Em comunicado a imprensa naquela época, o advogado do casal, Luis Flávio Borges D'Urso, (na época, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil), afirmou que o ocorrido em Miami havia sido fruto de um erro ao preencher os documentos, já que o casal estava acompanhado de familiares, somando um grupo de 5 pessoas, o que de acordo com a justiça norte-americana possibilitaria movimentação de até U$70 mil.


Estevam e Sônia foram acusados de "cash smuggling" (evasão de divisas). Após serem detidos, de acordo com o consulado norte-americano no Brasil, tiveram que pagar fiança no valor de U$100 mil, passando a responder o processo em liberdade vigiada.


Estevam e Sônia Hernandes permaneceram em liberdade vigiada em Miami até a audiência na Corte Federal Americana no dia 17 de agosto de 2007.


Na audiência que decidiria o caso, Sônia e Estevam se declararam culpados e se disseram arrependidos.


O advogado do casal pediu que o juiz fosse humano ao decretar a sentença, alegando que o dinheiro serveria para evangelizar pessoas naquele país.


O juiz Frederico Moreno sentenciou o casal a uma pena leve de 140 dias de reclusão em regime fechado em fases intercaladas pelo motivo de um dos dois terem que cuidar dos filhos durante a ausência do outro.


Enquanto Estevam cumprisse o período de reclusão, Sônia permaneceria em liberdade vigiada, e vice versa, determinou Moreno, além de uma multa no valor de U$30 mil para cada um.


Estevam cumpriu o período em regime fechado em Miami entre os meses de agosto e dezembro de 2007, sendo libertado no dia 28 de dezembro. Ao sair da prisão voltou a realizar pregações via satélite para os fiéis no Brasil e passou a apresentar um programa diário ao vivo dos Estados Unidos através da Rede Gospel.


No Brasil o casal ainda responde processos por suposta lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato.


Após assumirem a culpa no processo por evasão de divisas nos Estados Unidos, a promotoria voltou a pedir a prisão preventiva do casal, ainda sob o motivo de terem faltado a audiência judicial em dezembro de 2006. A Justiça de São Paulo acatou o pedido. Porém, em março de 2008 a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) novamente revogou a decisão, liberando novo habeas-corpus ao casal.


A assessoria do STJ se pronunciou na época alegando que o casal estava sendo submetido a constrangimento ilegal e considerou extravagante a prisão preventiva.


Alegando irregularidades no andamento do processo, a assessoria de imprensa da Igreja Renascer em Cristo se pronunciou no final de 2007 afirmando que por meio do advogado do casal de fundadores da igreja entrariam com ação judicial contra o promotor do caso. Entre outras irregularidades, a assessoria citava a coletiva de imprensa dada pelo mesmo naquela época sobre o processo que corria em segredo de justiça. Nessa mesma época o promotor do caso também estava sendo investigado por supostas irregularidades em um período que esteve afastado de suas funções para estudar em uma universidade da Europa.


Questionado o promotor sempre negou qualquer irregularidade no andamento do processo.


Em Julho de 2012, todos os processos que corriam contra ele e contra a Bispa Sonia foram encerrados e eles foram declarados inocentes de todas as acusações de lavagem de dinheiro e formação de

quadrilha !!


Após a ordem de prisão decretada pela Justiça de São Paulo contra os líderes e fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes, ter sido cassada pelo Supremo Tribunal Federal, em março de 2008, o casal ficou livre para retornar ao Brasil assim que liberados pela Justiça Americana.

Ap Estevam Hernandes afirma que não precisa de Jesus para ser próspero e que a tsunami é a besta do apocalipse.


Após afirmar que a superbactéria que matou uma pessoa no nordeste é o cavalo amarelo (representante da morte) descrito no livro bíblico de Apocalipse, o apóstolo Estevam Hernandes afirmou durante culto na Renascer que a tsunami é a besta que assolará o mundo no fim dos tempos.

Sem saber quem havia feito tal afirmação o Pastor Carlos da Igreja Batista de São Paulo comentou: "besta que está descrito no livro de apocalipse, nada mais é que o falso profeta. O mar é a sociedade ou as nações. Falar que é tsunami... esse pastor não tem conhecimento bíblico ou é novo ainda e não poderia ser ungido pastor".


O Apóstolo Estevam Hernandes vem em seus cultos fazendo bastante polêmica, em outra ocasião recente o líder da Renascer brincou ao falar sobre os membros que estão deixando a igreja para se dirigirem a outras igrejas ou deixarem o cristianismo:


Outro dia alguém me falou 'eu não vou mais na igreja'. Vocês já viram aquele seriado Todo Mundo Odeia o Cris? Ele fala uma coisa e a tradução é outra. Eu tive vontade de falar para ele: O azar é teu. Ele fala eu não vou mais na igreja como se ele tivesse fazendo um favor para o Apóstolo Estevam... 'Não, porque eu vou mudar de igreja'. O azar é teu.


Em referência as acusações de enriquecimento com as doações para a Renascer e os questionamentos de fiéis sobre porque a igreja passa por dificuldades financeiras e ele continua com suas posses,


Estevam afirmou que não precisa de Jesus para ser próspero, já que teria trabalhado muito para conseguir as posses que tem: "No ano de 1982, eu voltei da copa do mundo porque eu tinha sido o melhor vendedor da Xerox. Ganhei uma viagem para a Espanha nos melhores hoteis. Eu não preciso de Jesus para ser abençoado na minha vida profissional. Ele me abençoa na vida profissional. Entende?"


Mais membros deixam a Renascer


Mais um Bispo deixou a Igreja Renascer, dessa vez foi o líder da Renascer Pirituba, Edu que já esteve envolvido com esquemas supostamente fraudulentos. Kaká e Carol Celico também nem respondem mais as mensagens que os líderes da Renascer enviam pelo Twitter.


Fonte: Gospel+

Com informações de Sistema Gospel/Folha Renascer


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Neopentecostalismo a essência da Igreja Apostolica Renascer em Cristo


Autor: Alderi Souza de Matos


O objetivo deste estudo é refletir sobre um fenômeno recente e controvertido do cenário religioso do Brasil que é o movimento neopentecostal.


Esse movimento é importante por causa do grande impacto que tem causado e pela visibilidade que tem adquirido nos últimos anos na sociedade brasileira.


Os métodos arrojados e agressivos da Igreja Universal do Reino de Deus, o estilo de vida sofisticado do casal que dirige a Igreja Renascer em Cristo, os onipresentes programas de televisão das igrejas neopentecostais, os testemunhos de fé de artistas, atletas e outras celebridades, tudo isso e muito mais tem contribuído para tornar esse movimento conhecido e discutido.

O "sucesso" do novo movimento tem sido especialmente cativante para os líderes de muitas igrejas, levando-os a acreditar que, se adotarem os mesmos métodos e ênfases, suas igrejas também irão obter o tão sonhado crescimento.

Atitude quanto às Escrituras

A questão básica, da qual decorrem todas as demais, tem a ver com o lugar ocupado pelas Escrituras na teologia das igrejas neopentecostais. Três fatores, entre outros, contribuem para tornar relativo o valor das Escrituras em muitas igrejas:


(a) A ênfase na experiência: quando a experiência pessoal se torna um critério de verdade, a Escritura tende a ficar em segundo plano; se, por exemplo, uma determinada prática produz resultados ou faz a pessoa sentir-se bem, isso é o que importa.


(b) O apelo a revelações: obviamente, se alguém acredita que O ETERNO continua a revelar-se de maneira direta, imediata, isso tende a relativizar as Escrituras; elas não mais são a SUA revelação final, a única regra de fé e prática. Quando um pregador diz "o Salvador me revelou ou o Salvador me mostrou isso ou aquilo", tudo pode acontecer, e é proibido questionar, pois é palavra dEle.


(c) Uso questionável das Escrituras: quando as Escrituras são utilizadas, muitas vezes isso é acompanhado de interpretações tendenciosas, uso seletivo de certas passagens ou ênfases inadequadas.


Muitos ensinos e práticas neopentecostais têm alguma fundamentação bíblica, mas recebem uma ênfase muito maior do que se vê nas próprias Escrituras, no ensino do Messias e dos apóstolos ou na prática da igreja primitiva.


Veremos adiante alguns exemplos disso.


Nesse aspecto, os reformadores do século 16 têm muito a nos ensinar:


Em primeiro lugar, com o seu princípio fundamental de "sola Scriptura". Ou seja, reagindo contra as tradições extrabíblicas do catolicismo medieval, os reformadores afirmaram que somente a Escritura deve ser a norma, o padrão de fé e de conduta para o cristão. Tudo o que não está de acordo com as Escrituras ou que não pode ser claramente fundamentado nelas, deve ser firmemente rejeitado.


Em segundo lugar, através de princípios saudáveis e equilibrados de interpretação bíblica: não isolar o texto do seu contexto, considerar o que a Bíblia inteira diz acerca de um determinado assunto (a "analogia da Escritura"), levar em conta as circunstâncias em que o texto ou livro foi escrito e a intenção original do autor (método histórico-gramatical).


Em terceiro lugar, mostrando que não se deve fazer separação entre o Espírito e a Palavra. O Espírito Santo não pode dizer uma coisa na Bíblia e outra coisa através de revelações especiais que conflitam com a Escritura. Por exemplo, ele não pode dizer na Bíblia que ninguém sabe o dia da volta de Cristo e depois revelar a alguém que Cristo vai voltar no ano tal e tal.


O Espírito Santo foi enviado, não para revelar coisas novas, mas para lembrar aos cristãos o que Cristo havia ensinado (Jo 14.26). Qualquer "revelação" que vá além do evangelho bíblico deve ser rejeitada como mentirosa (Gl 1.6-9). O Espírito Santo sempre atua em consonância com as Escrituras, que dele provêm. Por outro lado, é o testemunho interno do Espírito que nos permite reconhecer a Escritura como Palavra do ALTÍSSIMO e experimentar a sua eficácia.


Ensinos e práticas


Vejamos alguns ensinos e práticas neopentecostais que revelam um entendimento equivocado das Escrituras ou ênfases incompatíveis com as mesmas. É importante lembrar que nem todas as igrejas apresentam as mesmas ênfases.


(a) Confissão positiva: esse ensino também é conhecido como "palavra da fé". Segundo o mesmo, se o cristão crê firmemente em algo e o declara de modo convicto e explícito, aquilo que ele confessa irá acontecer, pelo poder da fé. Assim, a fé é vista como um poder que tem eficácia em si mesmo. A idéia é que O ETERNO já nos deu as suas bênçãos, as suas promessas. A única coisa que temos a fazer é nos apropriar das mesmas, pela fé. A fé libera o poder e as bênçãos DELE. Sem essa fé, ELE nada pode fazer. E o que ativa essa força ou poder da fé são as palavras. Se alguém fala palavras de fé, obtém bons resultados e vice-versa (confissão positiva ou negativa). Tudo o que nos acontece é conseqüência direta das nossas palavras. (Esses ensinos foram emitidos por autores como Kenneth Copeland e Kenneth Hagin.)[24]


Esse conceito faz da fé e das palavras de fé algo mágico, supersticioso, como um talismã. A Escritura ensina que a fé é um dom divino e que O ALTÍSSIMO atua e abençoa mediante a fé ou independentemente dela, como Senhor que é. Por outro lado, fé não significa força ou poder, mas uma atitude de confiança e dependência DELE.


Associada com a confissão positiva está a idéia de posse, herança, como nas palavras de um conhecido corinho: "Tudo que o Senhor conquistou na cruz, é direito nosso, é nossa herança". Assim, o cristão deve "exigir" que O ETERNO conceda as bênçãos e cumpra as promessas. Com isso, o relacionamento com ELE deixa de ser baseado na sua livre e soberana graça para concentrar-se em direitos e exigências.


(b) Saúde e prosperidade: essa é outra criação norte-americana que tem exercido um fascínio tremendo em um país carente de recursos como o Brasil. Na realidade, essa ênfase está mais de acordo com os valores da cultura americana do que com os valores do evangelho. Certamente O ALTÍSSIMO promete bênçãos materiais aos seus filhos, entre as quais se incluem saúde física e prosperidade financeira.


Todavia, isso nunca foi a parte central da mensagem pregada pelo Messias ou pelos apóstolos. Esses temas nunca tiveram nos ensinos e na pregação deles o destaque que ocupa no culto e na vida de tantas igrejas modernas.


Um dos aspectos mais preocupantes é a insistência unilateral em bênçãos materiais, muitas vezes em detrimento de saúde e prosperidade na vida espiritual, no relacionamento com O ETERNO, na vida emocional, nas relações familiares, na vida comunitária. Essa preocupação materialista e individualista casa-se muito bem com os interesses da sociedade de consumo, mas não com o evangelho que nos conclama a repartir, a ser solidários com os outros, que nos convida a amar O ALTÍSSIMO pelo que ELE é, independentemente do que ele possa nos dar.


Daí vermos, pela TV ou em outros ambientes, cenas desagradáveis de pregadores que condicionam o recebimento de bênçãos à entrega das maiores ofertas possíveis, ou, como costumam dizer, ao "sacrifício" dos fiéis. Esse não é o evangelho da graça anunciado pelo Messias e pregado pela igreja apostólica, um evangelho que não se baseia em merecimentos humanos ou conquistas humanas, mas que se fundamenta no amor do ETERNO oferecido gratuitamente no Messias. ("De graça recebestes, de graça daí" - Mt 10.8b; ver 1 Co 2.12).


O Messias ensinou claramente os seus discípulos a não buscarem prioritariamente bênçãos materiais, e sim a buscarem em primeiro lugar o reino do ALTÍSSIMO e a sua justiça, "e todas estas coisas [alimento, vestes, saúde] vos serão acrescentadas" (Mt 6.33).


A batalha espiritual vê a realidade acima de tudo em termos de um conflito mortal entre O ALTÍSSIMO e o maligno, tendo como campo de batalha o mundo e as vidas dos cristãos.


O ETERNO passa a ser visto como guerreiro, um "homem de guerra", e existe um grande número de corinhos que explora essa temática. Com muita freqüência essa questão é abordada em termos triunfalistas: como o Senhor está ao nosso lado, ninguém pode conosco, nenhum mal nos atingirá, como afirmam certos versículos dos Salmos e outros livros. Nos últimos anos, incorporaram-se ao vocabulário evangélico certas expressões que antes nunca havia sido usadas pelos cristãos: "Eu repreendo isso ou aquilo" ou "Está amarrado em nome de Jesus".


Novamente, o problema com esse ensino não é o seu caráter extrabíblico. A Escritura certamente fala, e muito, sobre o conflito entre O ALTÍSSIMO (e seus filhos) e as hostes do mal, como na conhecida passagem de Efésios 6.10-20.


O problema está em certas implicações ou conclusões, nem sempre fundamentadas de modo claro nas Escrituras, mas derivadas da imaginação fértil dos autores. Alguns exemplos: demônios territoriais, cristãos possuídos pelo demônio, demônios com nomes fantasiosos, demônios coloridos ou mal-cheirosos e assim por diante. Nada disso é apoiado pelas Escrituras.


Outra tendência preocupante é relacionar todo problema ou pecado com algum demônio. Se a pessoa é preguiçosa, está possuída ou influenciada pelo demônio da preguiça; se é ansiosa ou depressiva, está sob a influência do demônio da depressão. Daí a preocupação em expulsar ou em amarrar demônios a torto e a direto. Esses ensinos, que muitas vezes não passam de meras opiniões, deixam de levar em conta o ensino bíblico de que vivemos em um mundo decaído, que sofre as conseqüências do pecado e do juízo do ETERNO contra o mesmo. Nem todo "mal" vem do demônio: há males que decorrem das nossas limitações, das circunstâncias do mundo (catástrofes naturais, por exemplo, que atingem tanto fiéis quanto infiéis) e o próprio ALTÍSSIMO pode enviar males com propósitos de juízo ou de disciplina (Is 45.7; Hb 12.4-13).


A preocupação desmedida com as forças malignas não reflete o ensino equilibrado das Escrituras, cria temores desnecessários nas pessoas e pode ser um instrumento de manipulação emocional. Por outro lado, pode minimizar a responsabilidade individual ou coletiva por muitos pecados e erros: é mais fácil justificar certas coisas atribuindo-as à ação do inimigo. A obsessão pelo diabo também pode obscurecer a glória do ALTÍSSIMO. Ainda que o maligno seja poderoso, ele não é todo-poderoso, como às vezes se imagina. Somente O ETERNO é o Senhor supremo de todas as coisas. O próprio demônio está debaixo da sua autoridade.


Certamente, não devemos subestimar as forças espirituais do mal. O Salvador mesmo nos ensinou a orar: "Livra-nos do mal". Mas nessa luta temos de usar as armas oferecidas pelo próprio ALTÍSSIMO e não os artifícios humanos e as práticas supersticiosas que têm sido apregoados por tantos.


(d) Maldição hereditária: essa é outra área de sérias distorções. Toma-se um texto isolado como Êxodo 20.5, onde O ALTÍSSIMO afirma que castiga a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta gerações, e se constrói toda uma doutrina a partir daí, uma doutrina que nunca foi ensinada pelo Messias e pelos apóstolos. Para a libertação ou quebra da maldição seria necessário fazer uma árvore genealógica da família, identificar as pragas, maldições, pecados e pactos com demônios feitos pelos antepassados e anulá-los, quebrando-os e rejeitando-os em nome do Messias.


Porém, qual é o ensino mais amplo das Escrituras sobre o assunto? Se é verdade que os pecados de uma geração podem ter sérias conseqüências para os seus descendentes, existem outras passagens sobre o assunto que devem ser levadas em consideração.


É o caso de Ezequiel 18, em que O ALTÍSSIMO mostra que a responsabilidade moral é pessoal e individual: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai..." (vv. 4b, 20). Pela conversão e retidão de vida, o indivíduo está livre da "maldição" dos pecados de seus antepassados (vv. 14-19). O segundo mandamento (Êxodo 20.5) prevê a visitação do juízo divino sobre os descendentes de ímpios que também aborrecem O ETERNO como seus pais. Além disso, o Novo Testamento nos ensina que O Messias resgatou os crentes da maldição da lei (Cl 2.13-15; Gl 3.13) e que nenhuma condenação resta para os que estão no Messias (Rm 8.1).


Isso nos leva a um outro ponto importante, que é a tendência de muitos neopentecostais de tirarem conclusões apressadas de passagens do Antigo Testamento, sem procurar entendê-las à luz da revelação mais plena DO ETERNO no Messias e no Novo Testamento.


É preciso lembrar sempre que o Novo Testamento é a chave para a interpretação do Antigo. Como O Messias disse: "Ouvistes que foi dito aos antigos... eu, porém, vos digo...".


(e) Exorcismos: a maneira como a expulsão de demônios é praticada em muitas igrejas ou mesmo em programas de televisão soa muito estranha à luz do ensino bíblico sobre a matéria.


O Messias ocasionalmente expulsou demônios e o mesmo fizeram os apóstolos. Em algumas igrejas, os exorcismos são parte regular dos cultos, recebendo uma ênfase totalmente desproporcional à sua importância. Novamente repete-se o mesmo padrão: toma-se um ensino ou elemento bíblico e dá-se a ele uma ênfase muito maior do que a encontrada nas próprias Escrituras.


Não raro, as sessões de exorcismo transformam-se em verdadeiros shows cheios de teatralidade, com a finalidade de impressionar o auditório. Os exorcistas dialogam com o "demônio", brincam com ele e submetem a pessoa possessa a grandes humilhações, expondo o seu sofrimento diante de todos. Curiosamente, a maior parte das pessoas possessas pertence ao sexo feminino, como se as mulheres fossem mais pecadoras ou mais frágeis espiritualmente que os homens.


(f) Profecias: outra prática comum de certos grupos neopentecostais são as profecias, supostamente recebidas mediante revelações. Com freqüência, tais profecias expressam meros desejos ou expectativas do "profeta" em relação a uma pessoa ou grupo, mas são proferidas em tom dogmático, como se fossem tão inspiradas quanto a Bíblia. Muitas vezes, as profecias não se cumprem, os seja, são falsas profecias, o que faz de seus anunciadores falsos profetas, mas ninguém se lembra de pedir desculpas, de reconhecer que errou, que não estava falando a palavra do Salvador.


Em seu livro Evangélicos em crise, Paulo Romeiro cita uma profecia feita por Benny Hinn no dia 16 de março de 1994, quando falava na Igreja Renascer, em São Paulo.[26] Ele começou, dizendo: "O Deus Todo-Poderoso está me dizendo que esta cidade de São Paulo vai se dobrar ao nome de Jesus". A seguir, ele afirmou que brevemente ocorreria a destruição dos poderes satânicos que controlavam a cidade e que dentro de seis meses a atmosfera espiritual de São Paulo iria começar a mudar. Como prova disso uma mulher muito conhecida, que estava enfeitiçando milhares de pessoas, iria morrer. Líderes políticos nasceriam de novo. Dentro de dois anos (1996), os fiéis iriam dizer: "Deus tem feito grandes coisas". Por fim, ele afirmou que O ETERNO iria usar Estevam Hernandes para ser uma influência poderosa sobre os líderes políticos do Brasil, e concluiu: "Marquem minhas palavras. Não é Benny Hinn quem está falando. Assim diz o Senhor!"


Uma área em que as profecias continuam se multiplicando, apesar dos repetidos malogros de predições anteriores, diz respeito à data da volta do Messias. Isso ocorreu de modo especial ao aproximar-se o ano 2000. Paulo Romeiro também narra as afirmações feitas pela conhecida pastora Valnice Milhomens no programa "Palavra da Fé", transmitido em 1990 pela Rede Bandeirantes.[27] Ela afirmou inicialmente: "Deus reservou para nossa geração a plenitude de todas as coisas... Esta é a geração que verá cada palavra que está escrita na profecia vindo ao seu cumprimento. Nos próximos dez anos haverá mais profecias se cumprindo do que em todos os anos passados". A seguir, apelando para várias revelações e fazendo uma série de cálculos aritméticos, ela concluiu que tudo se cumprirá na presente geração (40 anos), que começou em 1967 e terminaria no ano 2007.


(g) Questões éticas: outra área que tem gerado preocupação quanto a algumas igrejas e líderes neopentecostais refere-se ao aspecto ético. É claro que todo e qualquer cristão está sujeito a cair, a cometer erros de maior ou menor gravidade. Todavia, certas práticas são difíceis de justificar à luz dos padrões bíblicos. Alguns exemplos: (1) Área financeira: existem igrejas e ministérios que não são transparentes quanto à maneira como recolhem e gastam as contribuições dos fiéis. Há alguns anos atrás, nos Estados Unidos, houve alguns casos notórios de desonestidade que resultaram até na prisão de um conhecido líder carismático, Jim Baker. Um caso famoso de chantagem na área financeira foi protagonizado pelo conhecido evangelista Oral Roberts. Será que no Brasil seria diferente? As práticas da IURD e o estilo de vida do casal Hernandes não têm contribuído para projetar uma boa imagem dos evangélicos junto à sociedade brasileira.


(2) Área política: o crescente envolvimento dos neopentecostais com a política partidária não tem sido salutar para o testemunho evangélico em nosso país. Apesar do discurso de defesa dos interesses da comunidade evangélica ou da sociedade em geral, o que provavelmente está em vista é a defesa de agendas bem mais específicas e menos edificantes. Os precedentes nessa área não são nada animadores, como a troca de votos por concessões de rádio na época do presidente Sarney e a triste participação de evangélicos nas falcatruas do orçamento do Congresso, há alguns anos.


(3) Área moral: o culto à personalidade que caracteriza certos movimentos e a noção de que não se pode tocar no "ungido do Senhor," abre as portas para que certos líderes caiam em pecado e continuem a encontrar seguidores.

Conclusões


Muito mais poderia ser dito sobre o movimento neopentecostal. Estes são apenas alguns pontos salientes, que obviamente não esgotam o assunto. Por uma questão de justiça, é preciso reconhecer que há muitos pastores e cristãos em igrejas neopentecostais que são íntegros, bem-intencionados e fiéis ao Salvador. Todavia, por mais que admiremos estes elementos positivos e sejamos gratos ao ETERNO por eles, não podemos fechar os olhos para os aspectos preocupantes apontados anteriormente.


Jonathan Edwards (1703-1758) foi um atento observador e crítico desse grande reavivamento, deixando suas impressões nos diversos livros que escreveu sobre o assunto.


Ele constatou que o avivamento tinha aspectos positivos e negativos. De um lado, conversões, consagração de vidas, mudanças nos relacionamentos, atuação social; de outro lado, emocionalismo exacerbado, superficialidade, manipulação por pregadores inescrupulosos, atração por fenômenos espetaculares. Ele mesmo e a sua esposa tiveram experiências que consideraríamos incomuns. Sua conclusão geral sobre o assunto é que existem certos sinais, evidências ou frutos visíveis que demonstram se uma determinada experiência religiosa é genuína ou não: convicção de pecado, seriedade nas coisas espirituais, preocupação com a glória do ALTÍSSIMO, apego às Escrituras, mudança no comportamento ético, relações pessoais transformadas e influência regeneradora na comunidade.

Algumas recomendações práticas:


a) Procuremos ler bons livros sobre o assunto. Infelizmente, existe muita coisa ruim nas nossas livrarias.


b) Sejamos como os cristãos bereanos (Atos 17.11), julgando todas as coisas e retendo o que é bom (1 Ts 5.21).


c) Observemos o conselho de Paulo, seguindo a verdade em amor (Ef 4.15) e crescendo em tudo (inclusive na maturidade e discernimento) naquele que é o cabeça, Cristo.


d) Sejamos estudantes sérios e criteriosos das Escrituras.


Fonte:https://www.mackenzie.br/7090.html(adaptado)





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